Menos é Mais conquistou um feito histórico no pagode e na música brasileira. O grupo emplacou 10 músicas no Billboard Brasil Hot 100, ranking que reúne as faixas mais ouvidas no país. Isso significa que, entre as 100 posições, 10% pertencem ao grupo brasiliense.
A liderança vem com “P de Pecado”, parceria com Simone Mendes, que alcançou o 1º lugar. Logo abaixo, estreando no Top 10, aparece “Pela Última Vez”, colaboração com Nattan, que entrou diretamente na 5ª posição. O grupo ainda garantiu o 7º lugar com “Coração Partido”, faixa solo que segue em destaque no repertório.
A lista continua com “Grau de Maluca”, gravada com Matheus Fernandes e Guilherme & Bento, ocupando o 12º lugar, e “Aquele Lugar”, que aparece na 18ª posição. Já a parceria com a Turma do Pagode, no pot-pourri “Bebe e Vem Me Procurar / Quem Ama Sente Saudade”, está em 20º lugar.
No meio da tabela, o grupo aparece com mais três registros. “Tarde Demais / Mágica / Oh Chuva” surge na 54ª posição, enquanto “Lapada Dela”, outra colaboração com Matheus Fernandes, figura no 70º lugar. Logo depois, “Jejum de Amor / Caixa Postal / Vida Vazia” ocupa o 79º posto.
Fechando a lista, “Página de Amigos / Inevitável / Flor” aparece na 89ª posição, consolidando o grupo com 10 músicas simultaneamente no ranking.
Desvendando o sucesso do Menos é Mais
Esses números dão uma ideia do que os pagodeiros de Brasília vêm fazendo desde 2019, furando a bolha do eixo RJ-SP e alcançando novos públicos. Mas, mesmo assim, muitos fãs do gênero torcem o nariz para eles.
Além da óbvia resistência em aceitar um grupo jovem vindo do Centro-Oeste, quando os redutos mais tradicionais do samba são no Sudeste e Nordeste, há quem se queixe de duas questões: as constantes regravações feitas pelo grupo de sucessos antigos; e seu estilo de conversar com outros gêneros, principalmente o sertanejo, o que acaba atingindo um público para além do pagode – aquela festa que, entre os anos 1980 e 1990, ganhou forma de gênero musical.
Diferente do que diz mestre Paulinho da Viola — quando versa e sugere: “…mas não altere o samba tanto assim”, o argumento aqui não é tão fácil de aceitar. Nesta reportagem, a Billboard Brasil explica a “mágica” do Menos é Mais.
(Imagem/Reprodução: Billboard Brasil)